domingo, 18 de janeiro de 2015

Que rumo seguir?

Durante os últimos seis meses, a minha cabeça fez vários nós pensando no futuro. Foram muitas crises existenciais. Minha principal questão, claro, é “o que fazer da vida?”.

Até enviei alguns emails para amigos mais chegados pedindo opiniões sobre mim. Mas a maioria só apontou os meus pontos fortes.

Eu sou formada em Publicidade e Propaganda, já trabalhei com produção para TV e designer gráfico. Tenho um MBA em Gestão Empresarial, mas nunca tive a oportunidade de exercer uma função na área do marketing, a qual eu estava disposta a seguir. Lembrando também dos meus quatro anos como interprete de Libras.

Vim aprender inglês na Irlanda com o sonho de voltar para o Brasil e ir trabalhar em alguma agência de publicidade ou multinacional em São Paulo capital.

Mas a verdade é que eu não sei o que realmente quero fazer profissionalmente.

Dizem que o melhor trabalho é aquele que fazemos com amor. Então me pergunto se eu amaria realmente viver sobre constante pressão em uma gigantesca cidade que tem um custo de vida exorbitante.  Eu adoro São Paulo, mas meus 25 dias vivendo na capital fazendo curso na ESPM fora moleza.

Eu estava em um apartamento que ficava a uma quadra da Avenida Paulista e uma quadra da Brigadeiro, então pegava o metro para vila Mariana e em pouco tempo já estava na faculdade. Fazia academia na Runner, era julho, então com as férias escolares o transito não estava tão caótico. Pude passear por museus, parques, shoppings. Até algumas agências de publicidade famosas eu visitei.

Em fim, eu vivi o glamour de São Paulo. Se eu for pra lá agora, possivelmente morarei longe do trabalho, gastarei uma fortuna em aluguel, transporte e alimentação e meu currículo não está à altura de pleitear cargos em excelentes empresas com ótimos salários.

Mas então José, o que eu devo fazer?

Existem tantas possibilidades, lugares, ideias e vontades que eu não consigo focar em apenas uma.

Eu poderia fazer uma nova faculdade, creio que seria de gastronomia, talvez em Curitiba. Ou abrir uma empresa, um café em Caldas Novas, por exemplo. Trabalhar em algum hotel em Foz do Iguaçu e ficar perto da família. Renovar meu visto na Irlanda, continuar estudando inglês e arrumar um trabalho em algum Pub ou restaurante. Voltar para casa e estudar integralmente para passar em algum concurso público. Ou casar, como a maioria das minhas amigas está fazendo, e dar um neto para o meu pai sossegar.  

Mas eu resolvi mandar currículo para uma agência que recruta mão de obra para trabalhar em Cruzeiros. Fiz uma primeira entrevista, e agora estou esperando o resultado.


Em fim, eu escolhi o mundo. E se eu não passar no processo seletivo para o navio, estou pensando seriamente em virar nômade. Mas primeiro preciso pensar em um “ganha pão” ou um patrocínio para manter essa escolha. 

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