Nós estamos constantemente indo embora.
Um dia eu fui embora do Brasil, desta vez estou partindo da
Irlanda, eu já sai do colo da mamãe dos braços no antigo namorado, da casa da
amiga, e essa constância muitas vezes é dolorida, deixa cicatrizes com muitas
saudades.
Quando nos despedimos de algo, na verdade queremos que aqueles
últimos segundos não existam. Pois de fato não há mais tempo para mudar,
aproveitar ou intensificar algo.
Aqui analisando tudo de costas, sem pensar no próximo passo,
mas sim em todas as pegadas deixadas.
Poderia ter sido tudo diferente, poderia ter sido bem
melhor. E graças as forças divinas do destino, o meu me manteve viva para
partir novamente.
Gratidão continua sendo o substantivo escolhido para o
passado.
Prevejo bifurcações, mas hoje só lembro.
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