segunda-feira, 31 de agosto de 2015

36 dias, partiu Brasil

Contagem regressiva

A sensação agora é bem diferente da ansiedade que eu senti em fevereiro passado, quando eu fui para o Brasil pela primeira vez depois de um ano longe.

Antes eu sentia receio de como seria reencontrar todos depois de um ano distante, vergonha por ter engordado, medo em não ser aceita, dúvida por não saber se eu ficaria por lá ou voltaria para Dublin novamente, temor em não dar tempo de fazer tudo o que gostaria, ou rever todas as pessoas e lugares de que sentia saudade.

Agora, eu continuo ansiosa como da outra vez, talvez até mais do que antes. Eu quero muito aproveitar cada segundo novamente ao lado dos meus pais, família, amigos, cachorros.

Quero comer mamão e tomar água de coco todos os dias, quero o cheirinho da mamãe antes de dormir e ao acordar, quero nadar todos os dias de manhã, ir à academia a tarde, quero tudo igual como em fevereiro e março quando eu estava lá.

Mas eu me sinto mais calma, pois agora já sei o que eu encontrarei, de que forma serei recebida, e estou segura porque está no meu plano voltar para Dublin em novembro e terminar meu curso.

E antes eu não tinha um foco principal, eu acho, ou somente fosse uma “homesick”.
Agora é o casamento da minha “irmã”.

Gente, minha irmãzinha princesa vai casar e se tornar Rainha. Realizar o sonho da vida dela desde que eu a conheço por gente.  E eu estou ansiosíssima para compartilhar esse momento divino com ela.

Claro, se não fosse pelo casamento e minha ida ao Brasil, eu provavelmente agora estaria terminando meu tour de um mês pelo verão Europeu. Estaria bronzeada e com vários carimbos diferentes no meu passaporte e sem dúvidas mais conhecimento de mundo e cultura.

Então de coração, imploro para minhas outras amigas não se casarem no próximo ano, pois eu realmente gostaria de investir meu dinheiro aqui desse lado do mundo antes de voltar definitivo para a minha pátria.

Se bem, que um terapeuta poderia me dizer que esse discurso do casamento pode ser uma desculpa esfarrapada para ir pra casa matar as saudades.


Mãe, pai, to quase ai!